11 Março 2016 | Vanessa Vieira
Para executiva da Cinemark, mercado de cinema demanda flexibilidade e parcerias
Bettina Boklis acredita que exibidores e distribuidores têm de trabalhar juntos pelo crescimento do setor
Com mais de vinte anos de trajetória profissional, Bettina Boklis, diretora de marketing da Cinemark, já trabalhou mais de 10 anos na Coca-Cola, dois anos na Tim e, agora, já completa sete anos na rede de cinemas.
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Bettina contou sua trajetória profissional à 20ª edição da Revista Exibidor e, agora, confira essa edição especial feita para o Portal Exibidor.
A executiva, que é formada em Comunicação Social, explica que não teve de enfrentar desafios na vida profissional por ser mulher porque a presença feminina já se faz sentir em todo o mercado cinematográfico. Para ela, o maior desafio do setor é ser capaz de se diferenciar em uma indústria na qual todos têm basicamente o mesmo produto. Por isso, a maior dificuldade que Bettina afirma que se passa no setor é posicionar a marca Cinemark de maneira que sempre traga relevância para o cliente.
Quanto à concorrência na indústria do cinema, a diretora comenta que não vê “rixa” entre distribuidores e exibidora. “Senti que é uma indústria muito unida e que todos lutam para o mercado crescer. A concorrência entre exibidores e distribuidores é no sentido de se esforçar para manter a indústria forte. É uma indústria que tem muito respeito por todos os lados”, defende.
Para ela, o mercado demanda dos profissionais bastante flexibilidade e capacidade de formar parcerias. “Não conseguimos fazer nada sozinhos”, afirma e ainda completa explicando que o setor também é mais facilmente compreendido com a experiência. A executiva reforça que, na indústria do cinema, é “valioso demais” contar com profissionais que estão há muito tempo no mercado.
Veja trechos da entrevista na íntegra:
Que conselho concederia aos profissionais que trabalham na área?
Você tem que ter parcerias para ter sucesso. É uma indústria que precisa dos dois lados, não adianta seguir sozinho sem ter um apoio dos distribuidores.
Como você vê a evolução do mercado de cinema?
Fico muito feliz que o mercado inteiro se profissionalizou, utiliza muito mais as ferramentas de marketing e que cada um deles dentro do seu espaço tenta se ressaltar. Sinto uma melhora de toda a produção, houve uma evolução positiva de toda a área de marketing e o consumidor é quem ganha com isso. O nosso futuro precisa preservar isso. Se a indústria estiver forte, conseguiremos ter nosso espaço mesmo com todas as outras plataformas que estão surgindo.
Você escolheu trabalhar com cinema ou foi o cinema que te escolheu? Por quê?
Na verdade, eu comecei a trabalhar com cinema quando estava na Coca-Cola e já criei um vínculo grande. O cinema me pegou no momento em que houve uma oportunidade e me convidaram para estar nessa posição, mas acompanhei desde o começo da Cinemark, que chegou em 97.
Conheça também as trajetórias de Andrea Puppo, diretora de expansão da Cinemark, e Beatriz Passos, diretora financeira e de TI da Moviecom.
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