Exibidor

Publicidade

Notícias /mercado / Internacional

20 Janeiro 2014 | Redação

Paramount abandona filmes em película nos EUA

Distribuidora anuncia que "Tudo por um Furo" foi o último lançamento em 35mm

Compartilhe:

"O Lobo de Wall Street" será o primeiro filme distribuído somente em formato digital nos EUA (Foto: Divulgação)

A Paramount Pictures se tornou a primeira grande distribuidora a encerrar a distribuição de filmes em película nos EUA. A produtora notificou os exibidores locais que Tudo por Um Furo, que por lá foi lançado em dezembro, foi o último filme com cópias em 35 mm.

Publicidade fechar X

A decisão marca o fim de uma era e encoraja outros estúdios a acelerar seu processo de digitalização. A expectativa é que outras majors façam um anúncio semelhante na próxima Cinemacon, que será realizada em março em Las Vegas e terá cobertura local do Portal Exibidor.

Atualmente, apenas 8% dos cinemas dos Estados Unidos são equipados para exibir apenas em película. “Depois de mais de 15 anos de trabalho, a indústria cinematográfica migrou para o digital”, afirmou o presidente da Associação dos Exibidores dos EUA, John Fithian.

O Lobo de Wall Street será o primeiro longa a ter um lançamento 100% digital. No Brasil, o filme é distribuído pela Paris Filmes e será lançado em película. 

“Nós vamos continuar processando em 35mm até o final. Enquanto tiver matéria prima, nós vamos processar 35mm, quando não tiver mais matéria prima eu não posso determinar mais nada nesse mercado. Eu acho que a digitalização é uma necessidade da indústria, que ganha rapidez, qualidade, além de dar ao consumidor uma projeção muito mais limpa que a projeção de 35mm. Tem que ter um certo tempo, uma certa política para ter essa passagem”, afirmou em entrevista ao Portal Exibidor Marcio Fraccaroli, presidente da Paris Filmes.

O distribuidor acredita que a digitalização facilitará a vida tanto dos exibidores e fará com que o cinema apresente um serviço de maior qualidade. Porém, entende que o Brasil vive uma realidade diferente de outros países e esse processo será feito de maneira mais lenta. 

“O processo digital é um processo necessário, pois é um processo de solução. O espectador ganha em qualidade de som e imagem. Então, a digitalização é uma questão de necessidade e sobrevivência. O Brasil é um país muito pulverizado e o processo de digitalização tem de ser feito com muita calma e transparência para que não tenha nenhum dano a ninguém. E eu acho, olhando de fora, que por parte da ANCINE existe muita boa vontade para que não tenha nenhum dano para o cinema brasileiro em função da digitalização”, finalizou. 

Compartilhe:

  • 1 medalha