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05 Abril 2019 | Juliane Albuquerque

Arábia Saudita pretende investir US$ 35 bi em cinema

Após 35 anos de proibição, mercado cinematográfico volta a receber investimentos

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(Foto: O Globo/FAYEZ NURELDINE / AFP)

Por 35 anos a Arábia Saudita esteve sob uma legislação que proibia o cinema em todo seu território. Agora, o país quer investir US$ 35 bilhões na construção de diversos cinemas, com o objetivo de ter mais de 2,5 mil salas de cinema funcionando nos próximos cinco anos, segundo a Comissão Geral de Mídia Audiovisual da Arábia Saudita.

Ainda em abril, nos dias 14 e 15, irá acontecer em Riade o Cinema Build KSA Forum que, segundo a comissão, vai reunir mais de 200 representantes de 20 países do setor de exibição e de construção. Entre as empresas que confirmaram presença estão a Vox Cinemas, atualmente a maior companhia do mercado presente no país e que pretende abrir 110 salas ainda este ano; a libanesa Empire Cinemas; a indiana Carnival Cinemas e a mexicana Cinépolis. Também estará presente neste fórum gigante estadunidense AMC Entertainement, que já possui um complexo de cinemas na capital.

Durante a CinemaCon 2019, que aconteceu de 1 a 4 de abril em Las Vegas, John Fithian, presidente da NATO (National Association of Theatre Owners), disse que além da AMC, outros três empresários dos Estados Unidos se interessaram em investir nas novas operações na Arábia Saudita.

Mas enquanto os norte-americanos seguem com interesse no novo mercado saudita, a britânica Vue International resolveu recuar das negociações, ao menos por enquanto, por causa da morte de um jornalista do jornal The Washignton Post, que foi provavelmente assassinado a mando do governo da Arábia Saudita. Por conta disso também, há poucas semanas o conglomerado de entretenimento de Hollywood Endeavour também resolveu sair do mercado do país em protesto ao ocorrido, devolvendo um investimento de US$ 400 milhões do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita.

 

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