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11 Maio 2016 | Vanessa Vieira

Festival de Cannes começa com filme de Woody Allen e participação da Amazon

Evento também conta com forte presença de produções brasileiras

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"Café Society" abre o Festival de Cannes 2016 (Foto: Imagem Filmes)

Hoje (11) começa o 69º Festival Internacional de Cinema de Cannes, realizado na cidade de Cannes, França. A abertura do evento ficou ao cargo da exibição de Café Society, novo longa de Woody Allen que é estrelado por Kristen Stewart e Jesse Eisenberg. O filme tem distribuição internacional conjunta entre Amazon e Lionsgate. No Brasil, o longa será distribuído pela Imagem Filmes.

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Uma das novidades do festival é que ele começou a abrir as suas portas para empresas de VOD como a Amazon. A presença da companhia, inclusive, teria causado polêmica após o comentário de Thierry Fremaux, diretor artístico do encontro, que a elogiou abertamente chamando-a de “distribuidora e produtora real” e apontando que ela seria “diferente da Netflix”. Isso porque a Amazon tem a política de lançar seus filmes nos cinemas antes de chegarem à sua plataforma VOD. O comentário se deu em entrevista do executivo ao portal Reuters.

Fremaux e seus auxiliares são os responsáveis pela seleção dos longas que participarão da mostra oficial do festival. Ao todo 21 filmes foram escolhidos de 1.869 produções inscritas, incluindo um título brasileiro. A edição deste ano marca, assim, o retorno do Brasil à mostra oficial com Aquarius, do pernambucano Kleber Mendonça Filho, concorrendo à Palma de Ouro, maior premiação do evento. O filme nacional, um dos cinco títulos brasileiros com presença em Cannes apoiada pela ANCINE, é estrelado por Sonia Braga. O protagonismo feminino parece ser um mote deste Festival de Cannes com longas confirmados na programação como o europeu Elle, o asiático The Maidmen e o norte-americano The Neon Demon – todos estrelados por mulheres nos papéis principais.

Além de Aquarius, outras produções brasileiras serão exibidas no evento como os curtas O Delírio é a Redenção dos Aflitos, de Fellipe Fernandes, e A Moça que Dançou com o Diabo, de João Paulo Miranda. Esses e outros filmes nacionais serão promovidos no festival pelo Programa Cinema do Brasil – CdB, que participa da área de negócios do evento, o Marché du Film, pela 11ª vez. O CdB promoverá encontros, reuniões e até exibições exclusivas de títulos brasileiros para agentes de mercado e jornalistas. Um dos longas que serão exibidos desta maneira é Mãe é Só Uma, da premiada diretora Anna Muylaert.

O estande do CdB em Cannes ainda receberá a assinatura de acordos entre a Rede Brasileira de Film Commissions – REBRAFIC e entidades da Nova Zelândia e África do Sul. O objetivo das novas parcerias é de conectar as 26 film commissions representadas pela REBRAFIC aos produtores da Screen Production and Development Association of New Zealand – SPADA, Nova Zelândia, e à National Film and Video Foundation – NFVF, África do Sul. Em tradução livre, Associação de Produtores da Nova Zelândia e Fundação Nacional de Filme e Vídeo.

Conhecido por receber exibições simultâneas em várias salas, o evento chegou a anunciar em abril deste ano a parceria com a Volfoni, que é a única fornecedora de sistema e equipamentos para projeções 3D. O acordo tem duração confirmada de três anos.

O Festival de Cannes 2016 terminará em 22 de maio e terá cobertura do Portal Exibidor.

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