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30 Outubro 2019 | Renata Vomero

O terror de Stephen King dos livros para as telonas

O sucesso literário de King transformou suas histórias em clássicos do cinema

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(Foto: MICHAEL TACKTT - © 2013 CBS Broadcasting Inc.)

Stephen King é considerado o pai do terror na literatura, tendo publicado um número quase incontável de livros e contos voltados para o gênero. Não à toa, são mais de 50 best-sellers lançados e prêmios nas mais importantes academias de letra do mundo. No entanto, o sucesso de King não para no meio literário, o escritor também é reconhecido por ter um grande número de histórias adaptadas para os cinemas.

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Bom, sendo um grande escritor de narrativas de terror e suspense, não fica difícil fazer a matemática e concluir que saem da cabeça dele alguns dos grandes clássicos do gênero no cinema. Começando pelo polêmico O Iluminado, publicado em 1977, que ganhou sua famosa adaptação para os cinemas em 1980 pelas mãos do renomado Stanley Kubrick. O filme fez US$44 milhões no mundo todo e se tornou um dos maiores títulos da sétima arte, ganhando diversos prêmios e sendo relançado nos cinemas de tempos em tempos até os dias atuais. Apesar do bom status entre público e crítica, no entanto, a adaptação literária não agradou seu criador. Em entrevista dada em 2006 para o The Paris Review, o autor comentou: “O filme é muito frio. Não há sensação de investimento emocional na família. Eu senti que o tratamento de Shelley Duvall como Wendy é um insulto às mulheres. Ela é basicamente uma máquina de gritar. Não há senso de envolvimento dela na dinâmica familiar. E Kubrick não parecia ter a menor ideia de que Jack Nicholson estava interpretando o mesmo psicopata da motocicleta de todos os filmes de motoqueiro que ele fazia. O cara é louco. Então, onde está a tragédia se o cara aparece para a sua entrevista de emprego e ele já é maluco? Eu odiei o que Kubrick fez com isso”, comentou, mostrando seu olhar crítico para o cinema, o que se tornou essencial para o casamento entre a literatura e o audiovisual.

Por conta disso, a sequência de O Iluminado, Doutor Sono (publicada em 2013), agora foi adaptada para os cinemas (será lançada em 7 de novembro) em parceria com o escritor, para garantir que a história seguisse fiel ao livro e com isso ganhasse uma espécie de status premium por ter o selo de aprovação de King. “Este é um filme que já chega com uma expectativa, além de ser a sequência de O Iluminado, ele é uma adaptação de Stephen King, que dessa vez participou do desenvolvimento do filme, já que não gostou de O Iluminado de Kubrick. Inclusive, se tem o nome de Stephen King envolvido já sabemos que é algo que chega aos cinemas com um pedigree", comentou Rodrigo Fante, gerente de vendas da Warner, na apresentação da distribuidora na Expocine19. A Warner inclusive é responsável também pelo recente sucesso nos cinemas de It: A Coisa, publicado em 1986 e que já rendeu outras adaptações tanto para o cinema, quanto para a televisão.

Essa nova versão comandada por Andy Muschietti e lançada em 2017 garantiu bons comentários de público e crítica, o que tornou o filme um grande sucesso no mundo e no Brasil, grande fã do gênero. No mundo todo o filme fez bilheteria de mais de US$700 milhões. Por aqui, o longa foi responsável por levar 4,4 milhões de pessoas aos cinemas.

O sucesso da produção de 2017, garantiu então sua sequência, lançada em setembro. It – Capítulo Dois chegou ao público com O Clube dos Perdedores já crescidos e representados por um elenco de peso formado por nomes como Bill Skarsbard, James McAvoy, Jessia Chastain, Bill Harder, entre outros. A produção não repetiu o feito do primeiro longa, mas ainda assim fez uma boa performance no mundo, de US$451 milhões e no Brasil vendeu 3 milhões de ingressos.

Neste ano, o escritor ainda viu novamente o seu Cemitério Maldito (Paramount) ganhar as telas, já que o livro já conta com uma adaptação da década de 80. Desta vez, o filme, que teve orçamento de US$21 milhões, faturou US$112 milhões no mundo todo. Ainda assim, se consagra com força entre as histórias de King para o cinema.

Mas, no entanto, não poderíamos falar de cinema, Stephen King e terror, sem também citar Carrie - A Estranha. O aclamado livro de 1974 já ganhou inúmeras versões para os cinemas, sendo a primeira delas, a de 1976, considerada um dos maiores clássicos, tornando-se, assim como O Iluminado, uma referência constante entre diversos escritores e cineastas do gênero.

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