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30 Abril 2020 | Fernanda Mendes

Para Secretário da Cultura de SP, cinema é a atividade cultural menos complicada para a retomada

Sérgio Sá Leitão participou do debate virtual promovido pela Revista Exibidor

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(Foto: Reprodução)

O Secretário da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, participou do quinto webinário organizado pela Revista Exibidor, ontem, dia 29.

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Leitão reforçou que está em discussões com diversos players do setor audiovisual para entender as necessidades e as medidas a serem tomadas para o retorno das salas de cinema. As reuniões fazem parte do plano estratégico de flexibilização da quarentena do Estado, que deve ser anunciado dia 8 de maio.

O secretário deixou disponível um formulário para que o público do debate pudesse preencher. “Estamos recolhendo sugestões relacionadas aos protocolos a serem adotados para que essa retomada possa acontecer de maneira sólida e segura. Para que não tenhamos um retrocesso mais adiante”.

Apesar de um dos principais desafios a serem enfrentados ser o receio do público em voltar a frequentar passeios públicos, o político ressaltou que o cinema pode ser a atividade cultural menos complicada neste sentido. “O cinema é um ambiente controlado onde é possível implementar com segurança os protocolos de saúde determinados. Podemos eliminar a aglomeração da entrada e da bomboniere fazendo todas vendas por aplicativo, por exemplo, além de ser possível a higienização das salas”.

É previsto que essa crise gere um impacto negativo no setor cultural e criativo de R$ 34,5 bilhões, cerca de 1,7% do PIB do Estado de São Paulo. Inclusive, entre os nove setores com mais alta vulnerabilidade durante a quarentena, três pertencem à economia criativa: gestão de propriedade intelectual; atividades editoriais; e produção de atividades audiovisuais e outros espetáculos.

Entre os auxílios concedidos aos trabalhadores do setor, principalmente via Desenvolve SP, banco público para empreendedores do Estado, os recursos já se esgotaram. Em um mês foram mais de 30 mil pedidos, e 10 mil atenderam aos requisitos. Um total de R$ 6 bilhões. “Pedimos mais R$ 1,5 bilhão ao BNDES, mas tivemos uma negativa que entendemos que foi uma negativa política, porque não havia nenhum outro parâmetro técnico para que esse pedido fosse negado. Mas estamos ainda articulando com eles e vendo outras possibilidades de capitação como com o BRICS e o banco mundial”, disse ainda explicando que o Governo de São Paulo não tem mais condições de colocar recursos, já que teve uma perda de 30% da arrecadação de impostos no mês de abril.

Leitão ainda lembrou que ele e mais outros secretários de cultura estaduais se reuniram com Regina Duarte apresentando as necessidades do setor, mas “nada aconteceu”.

Entre outras medidas que estão sendo tomadas no Estado de São Paulo, está a plataforma de conteúdo online para a difusão digital, chamada “Cultura em Casa”.

Quando questionado sobre a possibilidade da retomada pelos cinemas no estilo drive-in, o Secretário disse que é uma possibilidade bastante interessante e avaliará se é possível estabelecer um cronograma para que essas empresas retornem às atividades até antes das salas tradicionais de cinema. “Se observamos que há condições e que oferece baixo risco, certamente faremos isso porque queremos que a recuperação comece o mais rápido possível”.

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