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07 Abril 2021 | Renata Vomero

Animações em 3D podem ser tendência diante de dificuldades para filmagens presenciais

O2 Pós apostou no formato para conquistar mercado internacional

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(Foto: Divulgação)

A O2 Pós, da O2 Filmes, entregou agora em março a sua primeira campanha publicitária internacional. Os filmes foram criados totalmente em animação feita por computação gráfica em 3D para mostrar as facilidades do serviço de entrega Weis2Go, da gigante do varejo americano Weis Markets.

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A conquista aponta para um caminho que deve ser bastante utilizado pelas empresas de pós-produção e efeitos visuais para entregar produtos audiovisuais não só para publicidade, mas também para o setor como um todo. Já que todo o processo pode ser feito de maneira remota, sem exigir que os profissionais se reúnam para gravações.

“Acho que com a pandemia, alguns clientes e produtoras redescobriram esse recurso. Eu mesmo, como diretor, que estava me distanciando da animação, percebi que seria interessante continuar por perto”, contou Marcus Alqueres, que dirigiu os filmes publicitários da campanha.

Ainda assim, quando pensamos exclusivamente no cinema, essa alternativa ainda é um pouco mais difícil do que na publicidade, já que são filmes mais longos, processos mais densos e custosos.

Como explicou ao Portal Exibidor, Paulo Barcellos, diretor da O2 Pós. “Com o cinema é mais difícil, pois os processos são muito mais longos e muitas histórias são pensadas para serem filmadas. A publicidade é mais dinâmica e, dependendo do produto, é possível adaptar uma ideia que originalmente seria filmada para um filme de animação. Filmes de animação sempre foram utilizados como linguagem, agora essa linguagem está sendo adaptada para esse momento de pandemia.”

Além da segurança sanitária, a produção em 3D realizada remotamente dá a oportunidade de agências e clientes de qualquer lugar do mundo procurarem as produtoras que também podem estar baseadas em outras partes do planeta. Fundamental para a internacionalização de trabalhos audiovisuais brasileiros, gerando maior visibilidade aos nossos talentos.

“O mercado internacional é extremamente competitivo e é muito difícil conseguir um trabalho desses, principalmente numa época de pandemia onde as viagens estão restritas. Foi uma aposta do cliente e da agência em nós, e tudo graças ao Marcus Alqueres que, além de brilhante diretor, teve a coragem de seguir suas convicções e trazer o trabalho para o lugar que ele confiava, mesmo com o desafio de convencer cliente e agência”, explicou Barcellos, que finaliza ressaltando também a confiança nos protocolos de filmagens brasileiros: “A linguagem dominante continua sendo do live-action. Com um ano de pandemia, nossos protocolos já se provaram extremamente eficientes e hoje já não há tanto essa necessidade de adaptar os roteiros para animação por conta da pandemia”.

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