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23 Abril 2021 | Renata Vomero

Público dos EUA tem preferência por filmes com diversidade no elenco, aponta estudo

Análise da UCLA observou as maiores bilheterias de 2020

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(Foto: Sony)

Um novo estudo realizado pela UCLA concluiu que o público dos Estados Unidos tem maior preferência pelos filmes com diversidade no elenco. O relatório Hollywood Diversity Report apontou que os filmes lançados em 2020, que contam com 41% a 50% de minorias no elenco, tiveram bilheterias melhores.



Já os filmes com cerca de 11% ou menos de minorias, tiveram os piores desempenhos na bilheteria da América do Norte e do mundo. O relatório apontou que Bad Boys Para Sempre (Sony), maior bilheteria de Hollywood do ano, com US$426,5 milhões globais, Aves de Rapina (Warner), com US$201,9 milhões, e Dois Irmãos (Disney), com US$141,9 milhões, que ficaram no top 10 do ano, estavam entre os elencos de maior diversidade.

Além disso, o estudo também demonstra que pessoas não brancas compraram mais da metade dos ingressos no fim de semana de estreia de seis dos dez melhores filmes de 2020, isso só na América do Norte. Um número maior do que a própria porcentagem destes grupos entre a população dos Estados Unidos que chega a 40%.

E a tendência se estende ao streaming. Entre os principais títulos lançados nestes serviços em 2020, obtiveram maior nota entre aqueles entre 18-49 anos, além das famílias brancas, negras, atinas e asiáticas, os conteúdos com elenco atingindo 21% a 30% de atores que representam grupos minoritários. Os principais títulos de streaming com boa representatividade no elenco foram Dois Irmãos, Troco em Dobro, Hamilton e Resgate.

A análise também concluiu que, apesar do crescimento de representantes de grupos sub-representados entre os protagonistas e elenco total dos filmes, sendo de 39,7% e 42% respectivamente, ainda há um número muito baixo de profissionais destes mesmos grupos trabalhando por trás das telas, o que, claro, impacta diretamente a diversidade em tela no meio.

A pesquisa realizada pela UCLA vai diretamente ao encontro de um estudo semelhante lançado recentemente pela empresa McKinsey & Co. A análise da empresa concluiu que Hollywood perde cerca de US$10 bilhões por ano pela falta de representatividade racial em seus filmes. Ou seja, tanto um estudo, quanto o outro, mostram que o público quer se ver nas telas, ou quer ver diversidade nas telas, e que a falta dessa representatividade traz prejuízos, sim, para a indústria.

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