08 Maio 2025 | Redação
Warner comemora crescimento do streaming, mas vê queda nas receitas de cinema
Apesar de a receita dos cinemas ter diminuído, Warner aumentou lucro dos estúdios devido aos custos mais baixos
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A Warner Bros. Discovery divulgou o balanço financeiro de seu último trimestre fiscal, encerrado em 31 de março, e comemorou um aumento de 5,3 milhões no número de assinantes de seu serviço de streaming, chegando a 122,3 milhões. No segmento de cinema a empresa amargou uma queda em sua receita devido à uma programação mais fraca no trimestre, mas, em contrapartida, conseguiu aumentar seu lucro devido aos custos mais baixos. As informações são do Deadline e do The Hollywood Reporter.
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A receita total da Warner foi de US$ 9 bilhões, uma queda de 10% em relação ao primeiro trimestre de 2024, que contou com os sucessos de Duna: Parte Dois, e Godzilla e Kong: O Novo Império. O prejuízo líquido foi de US$ 453 milhões e o lucro total de US$ 2,1 bilhões.
Ainda sobre a divisão de cinema, em carta aos acionistas, o CFO Gunnar Wiedenfelds afirmou que o estúdio tomou algumas medidas de precaução após o presidente Donald Trump ter lançado sua guerra comercial global. "Gerenciaremos nossa base de custos adequadamente para um ambiente potencialmente mais turbulento aqui, para garantir que estejamos protegendo nosso desempenho financeiro", disse.
No próximo trimestre, aliás, a expectativa é que a Warner tenha um aumento significativo nessas receitas devido ao bom desempenho de Um Filme Minecraft e Pecadores. Depois disso, também neste ano, Superman chegará aos cinemas em julho e terá uma campanha de marketing grandiosa que começará em breve.
Os estúdios da empresa, que também contam com a Warner Bros. TV, além do cinema, a receita caiu 18%, ficando em US$ 2,3 bilhões, mas graças ao bom desempenho do estúdio de TV, que renovou nove de suas séries e programou o lançamento de outras quatro para este ano, e aos custos reduzidos com cinema, o lucro subiu para US$ 259 milhões.
Em relação ao streaming, que registrou um lucro de US$ 339 milhões com a Max/HBO, a Warner já começa a olhar para novos mercados. Recentemente o serviço foi lançado na Austrália e na Turquia, entre mais de uma dúzia de mercados planejados até o final do ano, com presença em mais de 85 mercados globalmente. Os lançamentos no Reino Unido e Irlanda, Itália e Alemanha estão previstos para o início de 2026. Neste trimestre a receita foi de US$ 2,7 bilhões, um aumento de 8%.
Os grandes destaques do segmento foram The White Lotus, que até o momento teve uma média de mais de 25 milhões de espectadores globais por episódio, The Pitt, e The Last Of Us. Também em carta aos acionistas, o CEO David Zaslav afirmou que o foco da Max é se diferenciar da oferta ampla que a empresa havia proposto inicialmente. "A ideia não é quanto, mas quão bom é algo que identificamos. Não vamos inundar a área. Queremos contar as melhores histórias e também aproveitar todo o conteúdo de ótima qualidade que foi produzido ao longo dos anos", disse.
Recentemente a Warner também reorganizou a sua estrutura corporativa de estúdio, transformando-a em uma divisão global de TV linear, separada da divisão de streaming e estúdios, e as redes lineares globais tiveram uma queda de 14% no lucro operacional, para US$ 1,8 bilhão, com uma queda de 6% na receita, para US$ 4,8 bilhões. Este segmento, inclusive, perdeu os direitos de transmissão da NBA recentemente e parte dessa economia forçada será reinvestida em novos direitos de transmissão esportivos como Roland Garros e Nascar na TNT Sports. Essas novidades resultarão em custos adicionais com direitos esportivos e despesas de produção para o trimestre encerrado em junho.
De acordo com a empresa, essa mudança na estrutura irá melhorar a opcionalidade estratégica e flexibilizar a busca por novas oportunidades. "É assim que administramos a empresa. E também dá visibilidade real a vocês e a todos os nossos acionistas para que vejam o que estamos vendo", encerrou Zaslav.
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