A produção de filmes e séries na região de Los Angeles registrou queda de 14,2% em 2024, segundo relatório de pesquisa desenvolvido pela FilmLA. O recuo confirma a continuidade da retração iniciada em 2023, quando o volume havia despencado 20% em meio às greves que paralisaram Hollywood. A notícia foi divulgada por veículos importantes dos EUA, como Variety e Deadline.

Em comparação com 2023, o total de lançamentos roteirizados nos EUA em 2024 diminuiu 13,4% (de 990 para 857). Em Los Angeles, o impacto foi maior: os projetos lançados caíram 31% (de 228 para 157) e a participação de mercado da região recuou de 22% para 18%. A análise considera apenas produções roteirizadas, de primeira exibição, em língua inglesa e produzidas nos EUA.

Mesmo com retração consecutiva, Los Angeles manteve-se como o principal centro global de filmagens, preservando uma fatia praticamente estável do mercado: 18,3% em 2024 contra 18,5% em 2023, superando concorrentes como Geórgia e Reino Unido.

O levantamento mostra que o segmento de séries roteirizadas nos EUA sofreu redução de 15% (de 365 para 310), enquanto em Los Angeles a queda chegou a 27%. Já os filmes lançados nos cinemas cresceram 13% pelo segundo ano consecutivo (de 199 para 225), e os longas de streaming recuaram 3,5% (de 142 para 137). Os telefilmes apresentaram a maior queda: 35% (de 284 para 185).

Apesar do recuo no volume geral, Los Angeles ampliou a fatia de longas produzidos localmente. Em 2024, a cidade registrou mais filmes para cinema (25 contra 21 em 2023) e mais produções de streaming (29 contra 17). No consolidado anual, 18,3% de todos os projetos roteirizados lançados nos EUA foram filmados na região.

A FilmLA também contextualiza que, além das greves de 2023 terem interrompido a produção por cerca de metade do ano, o setor manteve ritmo menor em 2024 devido ao recuo estratégico das empresas em seus investimentos em streaming, o que afetou especialmente séries e telefilmes.

No recorte por jurisdição, Los Angeles manteve a liderança entre séries roteirizadas distribuídas nos EUA, com 27% de participação, seguida por mercados como Reino Unido, Geórgia, Colúmbia Britânica, Nova York e Ontário. A região também liderou lançamentos de longas distribuídos e filmes voltados ao streaming, enquanto a Colúmbia Britânica se destacou na produção de telefilmes.

Quantificar o volume de conteúdo roteirizado lançado anualmente e mensurar a proporção filmada em Los Angeles frente a outros polos de produção são os objetivos do estudo, segundo a FilmLA. A metodologia considera o ano de lançamento e não o ano de filmagem, e segmenta os dados entre séries (streaming, cabo e TV aberta) e filmes (telefilmes, cinema e streaming).