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24 Agosto 2017 | Vanessa Vieira

Diretora e elenco de "Como Nossos Pais" defendem experiência cinematográfica

Em coletiva de imprensa, a protagonista Maria Ribeiro afirmou que a imersão da telona não pode ser reproduzida em casa

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(Foto: Portal Exibidor)

Nesta quarta-feira (23), a Imovision realizou uma cabine e coletiva de imprensa do lançamento Como Nossos Pais na sala Lima Barreto do Centro Cultural São Paulo na capital paulista. Entre os presentes, estavam a diretora Laís Bodanzky, as atrizes Clarisse Abujamra e Maria Ribeiro, o ator Paulo Vilhena, o roteirista Luiz Bolognesi e Fabiano Gullane, fundador da produtora Gullane Entretenimento.

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O longa foi lançado na Berlinale 2017, quando foi vendido a mais de 20 países; recebeu prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema Brasileiro de Paris também neste ano; e já estreou na Holanda, com previsão de ser lançado também na Espanha nos próximos dias. Nas telonas brasileiras, o filme chegará em 31 de agosto e já conta com grande campanha de divulgação planejada pela Imovision, que também realizou em junho uma exibição exclusiva da produção para exibidores. O título também foi exibido neste fim de semana no Festival de Gramado 2017.

Foco no público feminino

Na coletiva, a diretora e as atrizes presentes falaram sobre os dramas da personagem principal, Rosa, e de como muitas mulheres ainda os vivenciam independente da classe social ou até mesmo da nacionalidade. Entre eles estão: o machismo, a negação da sexualidade, a colocação da mulher como única pessoa responsável pela criação dos filhos e pelos cuidados com a casa.

Laís comentou que, depois de fazer um filme sobre a adolescência (As Melhores Coisas do Mundo, 2010, 191 mil ingressos) e outro sobre a terceira idade (Chega de Saudade, 2008, 78 mil entradas), agora era o momento dela falar da sua geração. “Já que é para falar da minha geração, então vou falar de como eu, enquanto mulher, a enxergo”, afirmou.

Pensando nisso, a dupla que a cineasta normalmente faz com o roteirista Bolognesi funcionou de um modo diferente para a produção, colocando Laís, pela primeira vez, também como roteirista. Como resultado, a diretora aponta que o filme foi bem recebido por diversas audiências, de Berlim a Paris, sendo também um sucesso junto à crítica internacional. Para ela, essa recepção só foi possível porque a história de Como Nossos Pais traz uma “temática universal”. Fabiano Gullane completou comentando a trajetória internacional da produção, classificando-a como bem-sucedida. “Isso reafirma a capacidade do filme de conversar com plateias do mundo todo”.

A cineasta e a atriz Clarisse contaram a todos as reações que receberam em Gramado, onde mulheres e homens as procuraram emocionados para falar sobre o filme. “Foi surpreendente, estávamos com uma expectativa imensa porque o filme já tinha sido bem recebido lá fora”, disse Laís.

Lançamento em cinema

Para a diretora, a indústria do audiovisual hoje tem várias facetas e a vida do filme é pensada a longo prazo. No entanto, ela afirmou que conseguir ter um título escolhido para ser distribuído na sala de cinema é “dificílimo, então exibir na sala de cinema é hoje um selo de qualidade”. Além disso, tanto Laís quando a atriz Maria Ribeiro defenderam a experiência coletiva do cinema. Para Maria, inclusive, a telona traz uma imersão na narrativa que não é possível recriar em casa.

Os próximos eventos envolvendo Como Nossos Pais incluem pré-estreias do lançamento em São Paulo (SP) no dia 28, no Rio de Janeiro (RJ) em 29, em Goiânia (GO) em 30 de agosto e no Recife no dia 1º de setembro. Fortaleza (CE) e Vitória (ES) recebem pré-estreias em 7 e 11 de setembro.

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