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17 Fevereiro 2016 | Vanessa Vieira

Diretor de "O Menino e O Mundo" comenta detalhes sobre o Oscar

Longa chegou a voltar aos cinemas depois da indicação à maior premiação da indústria

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(Foto: Espaço Filmes)

No último domingo deste mês, dia 28, será celebrada a cerimônia de entrega de estatuetas do Oscar 2016 e o Brasil fará parte da festa representado por uma animação.

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O Menino e o Mundo foi oficialmente lançado em janeiro de 2014 e já contava com 44 prêmios, incluindo os prêmios de júri e público do Festival de Annecy, quando recebeu a indicação à categoria Melhor Animação da maior premiação da indústria cinematográfica.

De acordo com o diretor do filme, Alê Abreu, a estratégia de lançar o longa depois do período de indicações do Oscar 2014 foi pensada para evitar a concorrência daquele ano, considerada mais difícil. Para promover o filme, Abreu tem participado de exibições internacionais de O Menino e o Mundo. “Eu acho que a gente tem chance de ganhar o Oscar, o mais difícil era chegar na lista dos cinco candidatos. O grande desafio agora é fazer o filme ser visto, mas eu acredito muito na mensagem universal do filme e na força dela de tocar as pessoas”, defende.

A esses prêmios e indicação se soma também a mais recente conquista do filme, que ganhou a categoria Melhor Filme Estrangeiro do Annie Awards, considerado o Oscar do gênero animação. A entrega do prêmio foi realizada em 06 de fevereiro, a em Los Angeles, nos Estados Unidos. O principal vencedor do Annie foi Divertida Mente, que ganhou em 10 categorias.

Agora com 45 premiações e a constante expectativa para a cerimônia do Oscar 2016, quando o longa concorre com outras animações como Divertida Mente e Anomalisa, O Menino e o Mundo chegou a voltar para os cinemas do Brasil e do mundo. Segundo Sabrina Wagon, diretora-executiva da Elo Company, empresa responsável pela distribuição internacional da animação, o filme já foi exibido em mais de 80 países e, após a indicação ao Oscar, chegou a ser solicitado novamente em mercados que já haviam exibido o longa.

“Entramos até mesmo em mercados difíceis para a animação estrangeira como o do Japão e, assim, abrimos portas”, explicou a executiva que apontou como estratégia o envio de um catálogo com outras produções nacionais do gênero a quem pede O Menino e o Mundo. Isso teria aberto novos espaços para outras animações brasileiras. Para Alê Abreu, o mercado que melhor recebeu o longa foi a França, onde foi exibido durante sete meses seguidos.

Além disso, a produção tem uma nova campanha para aumentar suas chances no Oscar.

A campanha de divulgação de O Menino e o Mundo já conta com R$ 300 mil cedidos pela Spcine, além de uma ação de crowdfunding ou financiamento coletivo encabeçado pela própria produtora Filme de Papel, do diretor do longa Alê Abreu, junto à distribuidora do filme nos Estados Unidos, a Gkids. O financiamento coletivo é possível por meio da plataforma Catarse e pretendia arrecadar R$ 100 mil. No entanto, a meta já foi ultrapassada e o financiamento já soma R$ 111,9 mil. A página da campanha no Catarse estará disponível para doações até a data da cerimônia do Oscar.

Apesar de todo o esforço para ganhar a sonhada estatueta, o diretor do longa diz não sentir tanta pressão. “Não me senti pressionado por representar o Brasil no Oscar por causa dos 45 prêmios que já recebemos. O Menino e o Mundo já colheu frutos e representou bem o País, mas claro que seria legal ver o filme ganhar o maior prêmio da indústria. Eu não imaginava nada disso”.

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