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13 Dezembro 2018 | Roberto Sadovski

Mulheres lideram filmes de maior bilheteria, diz estudo

Entre 2014 e 2017, longas protagonizados por mulheres faturaram mais nas bilheterias que filmes encabeçados por homens

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(Foto: Warner Bros.)

Os números não mentem. Um estudo encomendado por um grupo que surgiu na cola do movimento Time’s Up, que observa a participação feminina em Hollywood, concluiu que, nas bilheterias mundiais entre 2014 e 2017, filmes protagonizados por mulheres faturaram mais que os estrelados por homens, de produções independentes a candidatos a blockbuster. 

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Os resultados foram divulgados pela agência CAA, que representa alguns dos players mais poderosos de Hollywood, e pela empresa de tecnologia Shift7. A iniciativa partiu de um grupo unido pelo movimento Time’s Up que visa melhorar a participação da mulher na mídia e no entretenimento. À frente da iniciativa está Amy Pascal, produtora e ex-presidente da Sony Pictures, além de Megan Smith, CEO da Shift7, da produtora Liza Chasin, da agente da CAA Alexandra Trustman e da atriz Geena Davis. 

O estudo abraçou 350 campeões de bilheteria lançados entre 2014 e 2017, separados em cinco categorias de acordo com seu orçamento: desde filmes com custo abaixo de US$ 10 milhões até aqueles que o budget ultrapassa US$ 100 milhões. A regra para caracterizar uma protagonista feminina observou que uma mulher tinha de estar creditada como protagonista na abertura do filme, nos releases para a imprensa e nos créditos finais. O estudo também ressalta que todo filme que ultrapassou US$ 1 bilhão nas bilheterias também foi aprovado pelo Teste de Bedchel, que atesta que um filme precisa ao menos ter duas mulheres nele, que elas conversem entre si, e que o assunto não seja um homem. 

“Essa é uma prova poderosa que o público quer ver todo mundo representado no cinema”, diz Pascal. “As pessoas que tomam as decisões em Hollywood precisam prestar atenção nisso.” Já Genna Davis, que encabeça o Instituto Geena Davis em Gênero na Mídia, ressalta que o estudo só confirma o que ela já sabia. “Eu comecei a registrar dados em 2004, percebendo o quanto havia de preconceito e suposições em nosso meio”, conclui. “O fato é que ver mulheres e garotas em cena não só é bom para todo mundo – especialmente para nossas crianças –, mas também garante bom entretenimento e é bom para os negócios.”

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