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13 Janeiro 2021 | Renata Vomero

Netflix vê oportunidade para aquisições frente aos adiamentos dos estúdios

Plataforma pode adquirir lançamentos dos estúdios concorrentes

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(Foto: Netflix)

Ontem a Netflix anunciou o lançamento em massa de no mínimo 71 filmes em 2021, com uma estreia por semana. A notícia mexeu com o mercado, que passou a encarar possíveis novas ondas de adiamento devido à instabilidade da pandemia. Desta forma, a Netflix encontra espaço não só para lançar seus originais ou produções adquiridas em festivais, mas também comprar alguns dos filmes dos estúdios e que estão parados e na espera de uma data de lançamento.

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Foi justamente o que aconteceu com a animação Wish Dragon, da Sony, e que agora está entre os lançamentos do streaming. Assim como o aguardado A Mulher na Janela, protagonizado por Amy Adams e que estava numa espécie de limbo, já que foi produzido pela Fox Searchlight antes da aquisição pela Disney e ficou parado nesse tempo todo. As informações são do Indie Wire.

Em entrevista à Variety, Scott Stuber, diretor da área de originais da Netflix, demonstrou a intenção da empresa em aproveitar as brechas deixadas pelos adiamentos e o gargalo causado pelo fechamento dos cinemas para adquirir títulos fortes com talentos grandiosos, que tragam ainda mais valor ao streaming. Inclusive, o anúncio feito ontem evidencia ainda mais isso.

“Acho que haverá mais oportunidades e conversas com base nos filmes que já adquirimos de outros estúdios, não apenas do circuito de festivais. Quando essas oportunidades surgem, como aconteceu com A Mulher na Janela com talentos como Joe Wright e Amy Adams, com quem queremos trabalhar, nós queremos aproveitar. Também adquirimos alguns outros filmes este ano, como a estreia na direção de Halle Berry, pelo qual estou muito animado. Existem algumas aquisições que estão entrando ainda”, explicou o executivo.

Em 2020, o streaming lançou desta mesma forma os filmes Lovebirds e Os 7 de Chicago, ambos da Paramount. Também do estúdio, em 2018, a Netflix ficou responsável pelo lançamento de The Cloverfield Paradox, um dos primeiros movimentos da plataforma neste sentido de grandes aquisições.

Também não foi segredo para ninguém a tentativa da Netflix de adquirir Godzilla vs. Kong, da Warner, pelo valor de cerca de US$200 milhões. Com os adiamentos rolando, seria uma boa compra para o streaming, no entanto, a negociação foi barrada pelo estúdio, que pretende lançar o filme em formato híbrido nos cinemas e no HBO Max

De qualquer forma, não vai ser surpresa alguma, caso venham mais anúncios de aquisições pela frente e vindas de grandes estúdios, que estão quebrando a cabeça para solucionar como vão se organizar com o gargalo de lançamentos e com a instabilidade do momento.

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