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24 Agosto 2017 | Fernanda Mendes

2ª MAX enfatiza debates sobre distribuição e desenvolvimento de Minas Gerais

Evento de audiovisual que acontece em Minas Gerais começou nesta terça-feira, dia 22

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Marco Antônio Castello Branco, presidente da Codemig, faz discurso durante a abertura da MAX 2017 (Foto: MAX)

A 2ª edição da MAX – Minas Gerais Audiovisual começou de um jeito bem diferente este ano. Na noite da última terça-feira, dia 22, o filme O Garoto, de Charlie Chaplin foi exibido em praça pública acompanhado pela Orquestra de Câmara do Sesiminas para 1.200 pessoas. O Cine-Concerto faz parte do Cine BH, mostra que ocorre em paralelo com o evento.

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Após a cerimônia em grande estilo, o encontro que promove rodadas de negócios entre produtores e distribuidores, além de painéis e capacitação de profissionais, iniciou oficialmente nesta quarta-feira, dia 23, com iniciativa do Governo do Estado de Minas Gerais, que atua por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais – Codemig, em parceria com o Sebrae Minas, a Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais e o Sistema Fiemg/Sesi.

“A MAX veio para dar esse salto qualitativo. Enxergávamos apenas como um festival de cinema e hoje o evento cumpre um papel extraordinário na economia audiovisual”, afirmou Angelo Oswaldo, secretário da cultura do Estado de Minas Gerais.

Conquistar o setor é o foco de Minas Gerais. Segundo o secretário, hoje o Estado não depende mais do que acontece nas outras regiões do País e isso é mais um passo para a construção da política de audiovisual do território mineiro. “Estamos conquistando o futuro”, finalizou.

Já Marco Antônio Castello Branco, presidente da Codemig, reforçou a capacidade do mercado audiovisual no impacto econômico. Para ele, as iniciativas de fomento nesse setor geram emprego, formam riquezas e ajudam a diminuir a desigualdade que existe em Minas Gerais. “A produção audiovisual tem a característica de gerar um enorme volume de negócios”, afirmou.

Distribuição

As primeiras apresentações do evento focaram nas diferentes maneiras e tendências do mercado de distribuição de conteúdo. Em “As Estratégias Para Distribuição de Conteúdo”, Victor Kinijnik, da Snack, rede brasileira de social vídeo, explicou sobre a mudança que a área de distribuição passa. Na visão dele, muitos conteúdos atualmente são consumidos dentro de um contexto social, partindo de uma comunidade online como o Facebook, para depois partir para distribuição em VOD, canais de TV e assim chegar ao cinema.

“Começamos só com canais do YouTube e agora já estamos com algumas parcerias com canais de TV como o TNT, e fomos para o cinema junto com a Elo Company, Paris Filmes e Televisa, com o ‘Internet - O Filme’”, exemplificou.

Thais Henriques, diretora da Cineart Filmes, também enxerga as novas plataformas de distribuição com bons olhos. Apesar de dar prioridade ao cinema, pois segundo ela, sua empresa é originária do mercado exibidor e os outros canais possibilitam gerar uma renda que o cinema não consegue oferecer.

“Ainda não tem nada como ver um filme em uma sala escura e uma tela. Queremos nossos conteúdos no cinema, pensamos no público, nem damos importância para o tamanho do filme, mas queremos que ele seja visto e existe esse espaço”, afirmou.

Para que o filme possa atingir os espectadores, a executiva reforçou o trabalho de identificação de audiência, confiança no conteúdo e um posicionamento correto. Aliás, uma das novidades da empresa é o lançamento em novembro do filme Selfie from Hell. O interessante é que o longa veio diretamente do YouTube, onde teve mais de 2 milhões de visualizações.

Vitor Kinijnik também anunciou um projeto novo que trabalhará com crossmedia, a partir de um canal no YouTube sobre o cotidiano de um fotógrafo de guerra. “Estamos nesse momento em produção de um documentário sobre André Mion. O longa é um enfoque e o canal é a vivência. São conteúdos que se conversam, mas não são os mesmos”, afirmou.

Já na apresentação “Estratégias de venda no mercado internacional”, Robert Salvestrin, da Lucky You, comentou sobre a dificuldade em distribuir documentários, principalmente este ano.

Cláudia Rodriguez, da Preciosa Media, acredita que isso se deve porque o gênero de ficção já tem uma rota melhor definida de comercialização. “No entanto, vemos a abertura de outras plataformas como o Netflix e a Amazon, que recentemente anunciou que irá selecionar seis documentários para avaliação”, finalizou.

A MAX (Minas Gerais Audiovisual Expo) segue até sábado, dia 26, com mais apresentações e conteúdo. Acompanhe a nossa cobertura especial:

Ações públicas e mercado latino-americano são pautas da MAX

Indústria criativa gerou R$ 20 bilhões para economia brasileira em 2015

Dificuldades e soluções na internacionalização das produções brasileiras

H2O Films fala sobre estratégia de distribuição durante convenção em Minas Gerais

- MAX 2017 debate relevância da indústria criativa e políticas públicas da SAv

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Último dia da MAX mostra estudo econômico do audiovisual e linhas de desenvolvimento da ANCINE

Executiva da Codemig fala sobre programa de fomento às salas de exibição em Minas Gerais

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Veja a galeria de fotos.

Reveja a cobertura de 2016.

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