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19 Dezembro 2017 | Vanessa Vieira

Cinema mexicano deve fechar 2017 com quase 30% menos bilheteria

Apesar do ano não ter terminado ainda, o Imcine divulgou dados dos filmes locais

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"Hazlo Como Hombre", um dos destaques de bilheteria (Foto: Pantelion Films)

O Imcine – Instituto Mexicano de Cinematografia divulgou os resultados dos filmes nacionais no mercado de cinema do México em 2017.



Ainda que o ano não tenha formalmente acabado, a entidade governamental anunciou que 2017 deve terminar com uma queda de 29,3% na bilheteria do país latino-americano para as produções locais. Isso porque, neste ano, foram vendidos 21,5 milhões de ingressos, contra 30,4 milhões em 2016 – um recorde.

O Imcine ainda divulgou dados da produção, responsável por 175 novos títulos. Desses, 96 foram financiados por recursos públicos, porém só 85 (entre curtas e longas) estrearam nos cinemas. Apesar da diferença entre filmes produzidos e títulos lançados na telona, o Instituto considera o resultado positivo.

Os filmes mexicanos com mais bilheteria em 2017 foram Hazlo Como Hombre, com 200 mil entradas; 3 Idiotas, com 125 mil; e Me Asusta Pero Me Gusta, com 110 mil.

Em termos de arrecadação, o país deve ficar com 330 milhões de pesos mexicanos a menos do que no ano passado segundo a Canacine – Cámara Nacional de la Industria Cinematográfica, uma redução de 24,8% em receita do cinema nacional.

Até o momento, as produções locais somaram 938 milhões de pesos mexicanos, mas podem chegar a 1 bilhão de pesos até o fim de dezembro. Porém, mesmo assim o número será menor do que o de 2016, quando foi registrada a receita de 1,33 bilhão de pesos mexicanos, o equivalente a cerca de US$ 70 milhões.

No entanto, sabe-se que os resultados de bilheteria e renda dos filmes mexicanos não costumam ser estáveis dentro do país. Em 2010, por exemplo, foram vendido apenas 10 milhões de ingressos contra 28,7 milhões vendidos apenas três anos depois. Em 2015, por sua vez, a bilheteria foi reduzida para 17 milhões de entradas.

Vale lembrar que, segundo o próprio Imcine, quase metade dos lançamentos de 2016 foram pirateados e a maioria chegou aos cinemas graças a pequenas distribuidoras. Outro detalhe importante é que, neste ano, o país enfrentou um desastre natural envolvendo terremotos, que teve impactos no mercado de cinema local.

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