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04 Outubro 2019 | Renata Vomero

Brasil já conta com mais de 1000 salas com acessibilidade de conteúdo

Até janeiro todos os cinemas deverão contar com tais recursos

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(Foto: Expocine)

O último dia da Expocine19 contou com palestras no conteúdo da manhã, em seguida o evento e a feira foram encerrados. Entre os painéis aconteceu o “Arte, Cultura e entretenimento acessível no século XXI” com Tanya Felipe, do Instituto Nacional de Educação de Surdos de Brasil; Rodrigo Abreu de Freitas Machado, da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência; Guido Lemos, da LAVID-UFPB, e Luciano Taffetani, da Dolby. A conversa foi mediada por Joana Peregrino, da Conecta Acessibilidade. O painel focou em mostra o panorama do desenvolvimento da acessibilidade de conteúdo no Brasil, um dos países protagonistas quando se trata do mundo.

“Nós temos no Brasil quase 46 milhões de pessoas que responderam ter algum tipo de dificuldade para realizar tarefas, para ouvir, subir e descer escadas, isso, claro foram dados do último censo de 2010. Temos um número muito grande de pessoas com deficiência no país e o Brasil tem sido protagonista nesta questão de acessibilidade para cinema no mundo. Fomos o primeiro país a obrigar a janela de libras para cinema. Isso é muito importante para que esse grande contingente de pessoas possa usufruir desta arte que é o cinema, então, se estou criando algo para mostrar ao público, uma arte, eu preciso que todo o público possa ter acesso a ela”, explicou o secretario Rodrigo Machado, em entrevista ao Portal Exibidor.

Com o prazo de lei que prevê que todo o parque exibidor esteja equipado com os recursos de acessibilidade se aproximando, essas conversas se tornam cada vez mais importantes e cruciais, já que parte do mercado ainda se vê desorientada por conta dessa medida, que também é bastante custosa para os exibidores. Ainda assim, o Brasil já conta com mais de 1000 salas com acessibilidade. “A lei é um marco muito importante, a Ancine até se antecipou frente a lei de inclusão brasileira, pedindo que haja acessibilidade desde a produção dos filmes. A Ancine fez um estudo e estabeleceu esse cronograma, ele entrou em vigor já em junho exigindo 15% dos cinemas com esses recursos, depois 35% em setembro e 100% agora em janeiro”.

No entanto, um dos pontos mais importantes dessa equação é justamente compreender isso tem sido para as pessoas que possuem algum tipo de deficiência visual ou auditiva. Por isso, a secretaria está buscando o diálogo com o público. “Nós fizemos um fórum na secretaria na semana passada, um dos temas do seminário foi o cinema. A gente acompanhou muito esse feedback do público e é importante para cobrarmos a qualidade do que vai chegar no cinema. E agora é mais importante ainda estar aqui na Expocine19 levando isso para o mercado”, finalizou o secretário.

Confira a cobertura do último dia da Expocine19.

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