08 Abril 2016 | Verônica Domingues

Paixão que virou profissão

Maricy Leal, da Cinemark, acredita que a resiliência é importante para se manter no mercado

Formada em Propaganda e Marketing pela faculdade Emerson Solage, em Boston, Maricy Leal começou sua carreira em cinema com um estágio na Low Cineplex, após passar por grandes agências de publicidade como a McCann-Erickson e a DTV. Quando voltou ao Brasil, a Cinemark tinha apenas dois anos, foi então que começou em operações, onde ficou por 10 meses e logo migrou para o marketing. Hoje, são mais de 16 anos de empresa. Mas sua ligação com o cinema já vinha de muito tempo. Sua mãe foi dona de locadora durante 20 anos.

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A profissional evoluiu junto com a Cinemark e ao longo desses anos, acredita que a maior dificuldade seja conciliar a vida pessoal com a profissional. “Por mais que hoje nós consigamos ter uma divisão mais justa das tarefas domésticas, como educar os filhos, eu acho que a mulher ainda fica com uma carga maior”, comenta.

Com um mercado bastante dinâmico, ela recomendou aos profissionais da área se manterem sempre atualizados. A resiliência também é uma característica importante. “A cada obstáculo que você enfrenta, seja ele um erro ou uma vitória, isso acaba somando para no final você evoluir sempre”, defende.

Maricy conversou com a equipe da Revista Exibidor sobre sua carreira. Você pode conferir parte desse material na 20ª edição da revista e ler a entrevista na íntegra abaixo:

Eu me formei em Propaganda e Marketing em Boston, pela faculdade Emerson Solage - e no meu último ano comecei a minha carreira no cinema. Fiz um estágio de um ano na Low Cineplex. E logo que eu voltei para o Brasil, a Cinemark estava começando, tinha dois anos no mercado. Eu comecei em Operações e fiquei durante 10 meses, depois mudei para Marketing. Antes disso, fiz alguns estágios em agências de propaganda como a McCann-Erickson e a DTV. Foram as duas maiores agências e eu acho que o relacionamento com todo o mercado cinematográfico começou lá atrás, há muito tempo, quando minha mãe foi dona de locadora durante 20 anos.

Por ordem cronológica, a paixão pelo cinema começou já na infância, tendo minha mãe como uma dona de locadora de filmes. Na faculdade, pela área de Marketing, eu comecei muito inclinada a trabalhar em agências, por isso fiz dois estágios em agência. Mas o último foi em uma empresa de cinema nos EUA e daí foi o salto para continuar no mercado. Comecei na Cinemark logo depois de formada, então tenho 16 anos na empresa. No início, a área de Marketing era muito restrita nas atividades e tinha uma equipe de duas pessoas. Hoje, tem uma equipe que atua em diversas frentes, desde a parte de comunicação, relacionamento com imprensa até promoções. Nós também vestimos o "chapéu" comercial e o digital da empresa.

Qual o maior desafio encontrado no mercado cinematográfico?

O grande desafio foi a conciliação da carreira com a vida pessoal porque a mulher ainda carrega um peso muito grande em casa. Por mais que hoje consigamos ter uma divisão mais justa das tarefas domésticas, como educar os filhos, a mulher ainda fica com uma carga maior. E, às vezes, conciliar isso com o trabalho ainda é um grande desafio.

E o maior aprendizado?

É a soma do dia a dia. A resiliência e a experiência contam muito. A cada obstáculo que você enfrenta, seja ele um erro ou uma vitória, isso acaba somando para no final você evoluir sempre.

 Que conselho você daria para os profissionais da área?

Principalmente na área de marketing, é preciso ficar muito atento às oportunidades e às tendências de mercado. É uma área e um mercado muito dinâmicos, com muitas mudanças. O conselho que eu daria é ter esse radar ligado e estar sempre antenado. Sempre ter vontade de aprender, não só na sua área, mas também sobre as atividades de outros departamentos.

 Você escolheu o cinema ou o cinema te escolheu?

A paixão foi mútua, foi um encontro. Lá no fundo, já tinha uma sementinha plantada e, com o passar dos anos, a paixão foi virando amor.

Veja também as entrevistas com Andrea Puppo, da Cinemark; Beatriz Passos, da Moviecom; Beatriz Schimidt, do Espaço Itaú; Bettina Boklis, da Cinemark; Camila Pacheco, da Fox; Cristiana Rodrigues, da Downtown Filmes; Juliana Ribas, da Universal, Luciana Falcão, da Paramount, e Mariá Bastos, do Cine Lúmine.